O Partido Trabalhista Cristão (PTC) é um partido político brasileiro. Seu número eleitoral é o 36 e obteve registro definitivo em 22 de fevereiro de 1990. Foi criado após a redemocratização do Brasil, com o fim do Regime Militar, em 1985, sob o nome de Partido da Juventude (PJ), havendo participado com esta denominação das eleições de 1985, 1986 e 1988. Posteriormente, no início de 1989, foi renomeado como Partido da Reconstrução Nacional (PRN), sempre presidido pelo advogado Daniel Tourinho, antigo filiado do PDT.
A bandeira política do partido, desde sua criação, tem sido o liberalismo e, portanto, a economia de mercado e o livre comércio, sendo visto como um partido de direita ou centro-direita, no espectro político. Apesar de pequeno, lançou uma chapa própria às eleições presidenciais diretas de 1989, tendo Fernando Collor de Mello, ex-governador do estado de Alagoas, como candidato a Presidente da República e Itamar Franco, senador por Minas Gerais, como candidato a Vice-Presidente. A chapa sagrou-se vitoriosa, mas em 1992 Collor sofreu impeachment, e Itamar exerceu a Presidência até 1994, completando o mandato presidencial.
Em 1990, o partido havia lançado diversos membros de sua Executiva Nacional como candidatos aos Governos Estaduais: Hélio Costa em Minas Gerais, José Carlos Martinez no Paraná, João Castelo no Maranhão, Renan Calheiros em Alagoas e o advogado Aguiar Júnior no Ceará, entre outros, tendo então conquistado mais de 8% dos votos para a Câmara Federal.
Depois do impeachment de Collor e da posse de Itamar, o partido encolheu e voltou a ser mais uma sigla "nanica". Nas eleições de 1994 lançou o empresário baiano Walter Queirós, que acabou expulso do partido em plena campanha, e substituído pelo também pouco conhecido Carlos Antônio Gomes.
Depois de ter eleito menos de 20 prefeitos e um igualmente baixo número de vereadores nas eleições de 1996, repetindo o resultado pífio em 1998, o partido muda novamente de nome para Partido Trabalhista Cristão (PTC) em fins de 2000, colhendo melhores resultados.
O atual Partido Trabalhista Cristão
Em 2000, o candidato do partido à prefeitura de São Paulo, Ciro Moura, ganha seus "15 minutos de fama" ao não mostrar o rosto em nenhum programa eleitoral. Nas eleições de 2002, apoia o ex-governador fluminense Anthony Garotinho, então no PSB, à Presidência da República. O PTC costuma abrigar em seus quadros alguns artistas que tentam se candidatar: o cineasta José Mojica Marins, o "Zé do Caixão", tentou candidatar-se a vereador na cidade de São Paulo, sem muito sucesso. Em 2006, o estilista e apresentador de TV Clodovil Hernandes (que faleceu estando já filiado ao PR) conquistou uma vaga na Câmara dos Deputados, também pelo estado de São Paulo, ao obter uma votação expressiva para o cargo – a terceira maior em todo o país. Com sua morte, em março de 2009, o coronel da Policia Militar Paes de Lira, que houvera recebido pouco mais de seis mil votos, assumiu o seu lugar. Nas eleições de 2008, o PTC lança Ciro Moura como Prefeito da cidade de São Paulo. O partido chega a lançar um candidato monarquista, Jean Tamazato / citado pela jornalista Sônia Racy, do Estadão Dr. Havanir (ex-PRONA), o empresário Oscar Maroni, Osmar Lins, o "Peroba"(ex-PAN) e outros quase 60 candidatos compuseram a chapa. Nenhum candidato do PTC conseguiu se eleger.
Temos como base a democracia e como objetivos programáticos os valores morais, éticos e cristãos norteadores da sociedade politicamente organizada; o exercício democrático participativo e representativo; a soberania nacional; a implantação de uma ordem social justa e garantida pela igualdade de oportunidades; o desenvolvimento harmonioso da sociedade com a prevalência do trabalho sobre o capital; articulação com os movimentos sociais, garantindo-lhes representação nos quadros partidários e listas de candidatos, sobretudo nos setores ainda marginalizados; a defesa das instituições políticas livres e democráticas; a defesa intransigente das liberdades individuais, o combate à impunidade e a injustiça, a pregação incansável da fraternidade, do amor e dos valores cristãos.
Histórico
O Partido da Juventude - PJ, por seu presidente nacional o Sr. Daniel Sampaio Tourinho, solicitou a concessão para concorrer às eleições de 15.11.85, mediante petição protocolizada sob nº 2752/85, da qual originou o processo nº 61, deferido em sessão de 1.8.85, nos termos da Resolução/TSE nº 12.209, publicada no Diário da Justiça de 6.9.95.
Registro Provisório
Requereu o PJ, por seu presidente nacional o Sr. Daniel Sampaio Tourinho, mediante petição protocolizada sob nº 5227/87, o registro provisório originando o PROCESSO DE REGISTRO nº 98, deferido em sessão de 3.12.87, nos ermos da Resolução/TSE nº 13.992, publicada no Diário de Justiça de 4.2.88. Por meio do Processo nº 9.977, o PJ, mediante petição protocolizada sob nº 1630/89, requereu a alteração da nomenclatura e sigla para Partido da Reconstrução Nacional - PRN, sendo deferido em sessão de 11.5.89, nos termos da Resolução/TSE nº 15.244, publicada no Diário da Justiça de 13.6.89.
Registro Definitivo
Em 25.10.89, o PRN requereu, mediante petição protocolizada sob nº 8802/89, a concessão de seu REGISTRO DEFINITIVO, originando o Processo nº 167, deferido em sessão de 22.2.90, nos termos da Resolução/TSE nº 16.281, publicada no diário de Justiça de 14.8.90.
Adaptação do Estatuto à Lei N° 9.096/95
Com o advento da Lei nº 9.096, promulgada em 19 de setembro de 1995, que inaugurou uma nova fase de vida partidária nacional, passando a tratar da organização e criação de novas agremiações partidárias, os partidos que se encontravam com registros provisórios deferidos pelo Tribunal Superior Eleitoral, ainda, pela égide da já revogada Lei nº 5.682/71, foram obrigados a adaptar seus estatutos em conformidade com essa nova lei.
Em razão desta, o presidente do PRN, o Sr. Daniel Sampaio Tourinho requereu, junto a este egrégio Tribunal Superior, a adaptação do estatuto partidário, mediante expediente protocolizado sob nº 10361/97, o qual originou a PETIÇÃO nº 341, sendo a mesma deferida em sessão de 9.12.97, nos termos da Resolução/TSE nº 20.044, publicada no Diário da Justiça de 11.3.98.
Por último, o PRN, mediante petição protocolizada sob nº 25225/ e 25325/2000, juntada a supracitada petição requereu nova mudança de nomenclatura e sigla para Partido Trabalhista Cristão - PTC, deferida em sessão de 24.4.2001, nos termos da Resolução/TSE n 20.796, publicada no Diário de Justiça.
Pilares do PTC – Partido trabalhista Cristão
1 - Defesa das instituições políticas livres e democráticas;
2 - Defesa do Estado laico;
3 - Defesa das liberdades individuais;
4 - Combate à impunidade e injustiça;
5 - Defesa da vida e da família;
6 - Defesa do eco-sistema brasileiro.